O ano está chegando ao fim e investidores já estão interessados em saber o que 2020 reserva para a economia brasileira. Apesar da Selic estar no menor patamar da história, 5% a.a. — deve diminuir ainda mais, segundo especialistas — e o país apresentar uma agenda de reformas positiva (como a aprovação da Reforma da Previdência), o crescimento em 2019 tem sido inferior ao esperado.

Porém, para o próximo ano, a expectativa é mais otimista. “Uma coisa que a gente tem que ter em mente é que o desarranjo que foi produzido na economia brasileira na última década não aconteceu do dia para a noite. Consertar também é um processo devagar. Ainda estamos pagando os custos dos erros do passado”, conta Marcelo Fonseca, economista do Opportunity, responsável pela equipe de research dos fundos Opportunity Total e Opportunity Market.

Para Marcelo, a partir de 2020, começaremos a sentir os efeitos das reformas. “Existe uma tendência natural de transição lenta de uma economia que funcionava de forma artificial, apenas sob estímulos, para uma mais parecida com uma economia de mercado. A segunda questão são os efeitos de reforma. Elas precisam de um tempo de maturação. A mudança para transição para uma economia mais dependente de um capital privado leva tempo”, comenta.

Prova disso é que a equipe de research do Opportunity já revisou a projeção de crescimento para ano que vem. Anteriormente, ela estava em algo pouco superior a 2%, mas já avançou para um patamar superior a 2,5%.

Em relação à taxa de juros, Marcelo afirma que elas devem continuar baixas, mas quem em 2021, pode retomar um crescimento. O especialista, no entanto, reforça que os investidores precisam ficar de olhos em duas situações: a perseverança no que diz respeito a agenda de reformas e no acirramento da crise comercial entre China e Estados Unidos.

Fonte: Infomoney

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